Ele era o típico adolescente. 17 anos, trabalhava desde os 14 e naquele ano era office boy. Na década de 90, muitos garotos iniciavam sua vida profissional neste ofício. Eram tantas aventuras: passavam debaixo da roleta para guardar o dinheiro do táxi ou da passagem de ônibus, faziam amizade com as atendentes dos bancos e às vezes conseguiam furar a fila e, entre um serviço e outro, ainda arranjavam encontros com as minas das redondezas. Ele não era bonito, era verdade... mas tinha uma lábia! Era xavequeiro demais, tinha bom papo, e com isso as conquistava. E se não conquistasse, não tinha problema. O importante era que tinha amigos, que se divertia, fazia farra. Ele entrou no busão como de costume. Era a hora de ir embora. O trajeto era longo, mas ele pegava o ônibus no ponto final, então ia sentado. Dormia quase que todo o trajeto. Naquele tempo, não havia faixa exclusiva de ônibus, nem rodízio e, por isso, o trajeto da estação da Luz até a Penha levava mais de uma hora. ...
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